Já pensou em restaurar áreas com aroeira, baru, copaíba, pequi e tantas outras espécies nativas do Cerrado? É o que traz a publicação “Sistemas Silvipastoris com Árvores Nativas do Cerrado”, com 23 espécies de árvores frequentes nas pastagens do Cerrado, além das suas características.

“Os Sistemas Silvipastoris combinam silvicultura e pecuária para gerar produção complementar e interação positiva entre árvores, capim e gado. No Cerrado, encontramos alta regeneração e diversidade de árvores nativas em pastagens. Encontramos também pecuaristas que conhecem e reconhecem o valor das árvores. Este livro traz caminhos para a implantação de Sistemas Silvipastoris com árvores nativas no Cerrado: sua definição, importância, experiências em andamento, métodos de cultivo, incentivos e oportunidades”, comenta Daniel Viera, coordenador da publicação. Daniel também é ecólogo e pesquisador da Embrapa Recursos genéticos e biotecnologia.

Fruto de dois projetos de pesquisa – uma tese de doutorado em Ciências Florestais, da Universidade de Brasília, intitulada “Árvores nativas do Cerrado na pastagem: por quê? como? quais?”, de Elisa Pereira Bruziguessi (2016); e o projeto “Mapeamento de árvores isoladas e do potencial de regeneração natural em pastagens cultivadas do Cerrado”, coordenado por Daniel Vieira –, a publicação foi financiada, de 2018 a 2021, pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), através do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF, sigla em inglês para Critical Ecosystem Partnership Fund).

As pesquisas foram conduzidas em diversas regiões do Cerrado e visaram a ampliar os conhecimentos sobre as árvores nativas presentes nas pastagens. Ambas envolveram entrevistas com pecuaristas e amostragens das árvores e dos seus regenerantes em pastagens cultivadas. As entrevistas visaram a compreender aspectos da seleção de espécies nativas para os Sistemas Silvipastoris, bem como o manejo desses sistemas.

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