Nota de Pesar da OPIAJBAM – Apurinã Maria Tereza Amazonas de Souza

  maio 29, 2020

A Nota de Pesar da OPIAJBAM pelo falecimento da indígena Apurinã Maria Tereza Amazonas de Souza é também uma denúncia. Historicamente, povos indígenas foram dizimados por epidemias levadas pelo homem branco. Ações como a construção da BR 317 nos territórios do povo Apurinã trazem impactos como violência, poluição, desmatamento e a #Covid19.

As taxas de desmatamento do município de Boca do Acre indicam que durante o isolamento social, em função do surto de Covid-19, aumentou a dinâmica de desmatamento, ao invés de diminuir. Em Janeiro, as taxas comparativas entre 2019 e 2020 foram muito parecidas. Em fevereiro de 2020, mesmo sendo período de chuva, as taxas foram mais de 1000% maiores que no mesmo período do ano anterior.

Em março de 2020, ainda período de chuvas, chama a atenção o aumento do desmatamento e a diminuição na quantidade de focos, o que significa desmatamento de áreas maiores, indicando grandes investimentos e mecanização. De março a abril, a taxa diminui em relação ao ano anterior, provavelmente um reflexo de ações da Polícia Federal na região do PAE Antimary, que é marcada por intensa grilagem, crimes ambientais e violência contra populações extrativistas.

Por isso, o Instituto Internacional de Educação de Brasil (IEB), ao compartilhar a nota da OPIAJBAM presta, mais uma vez, solidariedade à família, amigos e à toda a comunidade da aldeia Manhê, em homenagem à indígena Maria Tereza Amazonas de Souza. Lamenta que além de lidar com os crimes ambientais, agora tenha também que lidar com o avanço da pandemia e se coloca ao lado da comunidade na luta por direitos.

Nota_OPIAJBAM-COVID (1)