Lideranças indígenas da Amazônia brasileira se reúnem com o IEB para discutir e planejar ações de capacidades organizacionais

  junho 23, 2022

Com o apoio da USAID e Pact, iniciativa empodera e promove a autonomia de três organizações indígenas

Lideranças de três organizações indígenas da Amazônia brasileira se reuniram em uma série de encontros com o IEB, na última semana, para dar continuidade às atividades do projeto: “Fortalecendo a Capacidade das Organizações Indígenas na Amazônia”, (em inglês, SCIOA, Strengthening the Capacity of Indigenous Organizations in the Amazon), implementada pela Pact na América Latina e financiada pela USAID.

“Nós, da organização executiva da OPIAM, ficamos bastante satisfeitos com o projeto da Pact, que veio nos fortalecer como organização regional”, afirmou em um dos encontros, Antônio Enésio Tenharin, coordenador geral da OPIAM.

No Brasil, a iniciativa começou em 2019 e tem fortalecido as capacidades técnicas das seguintes organizações indígenas: o Conselho Indígena de Roraima (CIR), a União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB) e a Organização dos Povos Indígena do Alto Madeira (OPIAM), a partir de diagnósticos participativos das capacidades técnicas e organizativas, assim como o planejamento de ações para o aperfeiçoamento das mesmas.

O vice-coordenador do CIR, Enock Taurepang, ressaltou a importância do projeto no trabalho com a juventude indígena e os avanços já alcançados com a sua execução.”Através das mobilizações, a juventude se levantou e quando os anciões não puderam participar, foi a juventude que assumiu a linha de frente”.

O projeto objetiva discutir os desafios e prioridades a partir de metodologias que avaliem como está a saúde interna de cada organização, com a análise de eixos operacionais, tais como: governança, institucional, recursos humanos, financeiro, formação, administrativo e comunicação.

“Eu vi aquela metodologia da Pact e foi muito boa para medir as capacidades das nossas organizações”, reiterou Telma Taurepang, coordenadora-executiva da UMIAB.

Nas ocasiões dos encontros, com a assessoria do Programa Povos Indígenas do IEB, uma linha do tempo com a missão de cada organização e uma memória das atividades já realizadas, foram apresentadas para as lideranças indígenas a fim de definir os próximos passos da continuação dessa importante iniciativa.

“Um ponto que este projeto nos trouxe é o de enxergar as nossas fraquezas. Hoje temos mais visibilidade em nível regional e nacional. Agora estamos cada vez mais desenvolvendo ações com a nossa associação de base. Outro aspecto positivo é a nossa infraestrutura que também melhorou bastante, com acesso à internet”, relembrou Edmilson Tenharin, da OPIAM, em um dos encontros.

Um índice foi apresentado para as lideranças indígenas, que é o Índice de Resiliência, (em inglês, OPI), que avalia a capacidade de adaptação da organização durante a pandemia da Covid-19, como as organizações indígenas têm enfrentado esse cenário adverso.

Agora as organizações indígenas seguem para uma série de oficinas presenciais para o planejamento de ações com o IEB. Os encontros serão realizados nos seguintes locais: Belém (PA), com a UMIAB; Lago Caracaranã (RR), com o CIR e na Aldeia Paranã (AM), com a OPIAM.

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