Foto: Divulgação LIRA-IPÊ/Wenderson Araujo

Em um rico intercâmbio de experiências e debates, o IEB participou, juntamente com outras organizações da sociedade civil e do governo, do encontro “Legado Amazônico: Tecendo Redes na Gestão de Áreas Protegidas”, promovido pela Rede Lira e apoiado pelo Fundo Amazônia (FAM) e Fundação Moore, realizado em Brasília na última semana.

“Estamos na região do Madeira e Purus, no sul do Amazonas, onde tem uma rede de gestão integrada de Terras Indígenas e Unidades de Conservação, uma iniciativa que já existia antes do Lira e que foi fortalecida com seu apoio. Enfrentamos muitos desafios devido às diferenças institucionais, às especificidades de cada povo e à diversidade de Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Para construirmos uma rede, foi necessário um elo comum, algo que unisse as 17 instituições, entre associações extrativistas, indígenas e órgãos de governo. Assim, a rede Lira teve como um dos motes a conservação e proteção das áreas protegidas na Amazônia, trabalhando em prol da sustentabilidade e do Bem Viver dos Povos Tradicionais e Indígenas que habitam a região“, afirmou Cloude Correia, da coordenação do Programa Povos Indígenas, durante a mesa de discussão sobre Tecendo Redes na Gestão de Áreas Protegidas.

Foto: Divulgação LIRA-IPÊ/Wenderson Araujo

“Outro mote foi o avanço do desmatamento sobre Terras Indígenas e Unidades de Conservação, e os impactos no modo de vida dos extrativistas e indígenas. Iniciamos uma discussão sobre como, em rede, poderíamos enfrentar os impactos do desmatamento nas áreas protegidas e na vida das pessoas. Após muitas conversas, conseguimos consolidar a rede de gestão integrada do sul do Amazonas, tendo o Lira sido uma ferramenta para fortalecer e unir os esforços, por meio do projeto Liga da Floresta”, completou Cloude.

Foto: Divulgação LIRA-IPÊ/Wenderson Araujo

O IEB também participou de mesas de debates sobre temas como “Arranjos de Gestão Integrada”, “Agentes Ambientais Indígenas” e “Avanços e Implementação de Instrumentos de Gestão em Terras Indígenas (PGTA e Protocolos de Consulta)”, facilitadas pelos assessores de campo Derick Farias, Carlos Souza e Chris Lopes e pelo comunicador e tesoureiro da APIJ e OPIAM, Clayton Jiahui