Por Clarissa Beretz

28 jovens moradores de comunidades do município de Manicoré, AM, no entorno do rio Madeira (RDS Rio Amapá, Resex do Capanã Grande, Rio Manicoré, aldeia Kamaywá e Terra Indígena Lago do Jauarí), participaram de um encontro de integração nos dias 18 e 19 de dezembro para oficinas de formação em Comunicação que devem começar em 2022.

Com idades entre 11 e 25 anos, os participantes foram recebidos pela comunidade Boa Esperança (RDS Rio Amapá) e participaram de atividades de entretenimento para se conhecerem melhor, além de interações sobre Comunicação, mapeamento social e entendimento sobre o informativo do Observatório da BR-319.

“Não vejo a hora da próxima, estou feliz porque sei que vamos nos encontrar de novo”, disse Bruno Ribeiro, jovem da comunidade anfitriã.

O projeto foi promovido pela parceria entre IEB, FGVCes (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas), CNS (Conselho Nacional das Populações Extrativistas), Idesam, Casa do Rio e Aliança do sul do Amazonas, com apoio da RETA (Rede Transdisciplinar da Amazônia) e CAAD (Central das Associações Agroextrativistas de Democracia) e pretende despertar na juventude local a importância de usarem a Comunicação para terem suas vozes ouvidas e participarem dos processos decisórios referentes aos seus territórios.

“A comunicação integra os jovens e permite a troca de informações socioculturais e demandas locais. Também tem o papel de levar informações produzidas por eles em diversos meios de comunicação. Permite o acesso destes jovens a conteúdos sobre sua história e mudanças geopolíticas ao qual seus territórios foram submetidos. Esses jovens podem contextualizar sua história e se posicionar politicamente frente a políticas que invisibilizam suas organizações, propagando informações sobre seus modos de vida para os mais distintos públicos”, conclui Jolemia Chagas, articuladora da RETA e pesquisadora da FGVCes.