Carta de cursistas pedindo a continuidade do FORMAR Gestão e Seminário Economias da Sociobiodiversidade marcam conclusão do quarto e último módulo da formação

  junho 28, 2022

Texto: Adriano Maneo
Fotos: Rodrigo Duarte

Em um processo formativo de gestão de empreendimentos comunitários é certo que a efetividade depende da capacidade de construir conhecimento técnico que possa ser aplicado na prática. Mas uma formação verdadeiramente emancipadora, que contribua para a autonomia das organizações e das pessoas que as compõem, exige muito mais.

Criar redes de afeto e de identidades, trocar experiências, se inspirar para inovar, aumentar a capacidade de se articular, desenvolver o olhar crítico, se lançar em novos desafios, demandar direitos, são habilidades que não se desenvolvem em um ambiente apenas conteudista. No quarto e último módulo do  Programa de Formação Continuada em Gestão de Empreendimentos Comunitários na Amazônia – FORMAR Gestão, ocorrido de 16 a 22 de junho, em Belém do Pará, isso ficou evidente mais uma vez.

“Não saímos apenas formados. Várias organizações conheceram a realidade uma da outra, uma amizade mesmo que foi se construindo, e isso é muito importante”, disse Leomarques Silva Costa, presidente da Associação AGUAPÉ, da Resex Rio Cautário, em Rondônia, durante a roda final de conversa do programa de formação. “Todo o processo do FORMAR teve um impacto muito bom na minha organização. Saíram empreendimentos com grandes ideias que a gente não tinha antes: estamos aplicando o que aprendemos dentro da organização, aplicamos o fluxo de caixa, por exemplo; temos entendimento de políticas públicas também. Antes a associação não tinha nenhum projeto e não cuidávamos dessa parte, agora estamos em contato com empresas, conseguimos nos organizar melhor. Isso também se deve ao FORMAR Gestão”, afirma.

Jaciel Leite, representante da AMALCG, da Resex do Lago do Capanã Grande, em Rondônia, também destacou o aprendizado que teve com os colegas e os exemplos de suas organizações.

“Pelo que entendo, o IEB foi o mediador – a formação foi uma troca de experiências. Aprendi muito com os colegas, tive a oportunidade de conhecer as pessoas das outras organizações. O olhar que tenho das outras organizações é de admiração. O objetivo agora é arregaçar as mangas e correr pro abraço”, resumiu.

Em sentido parecido, Jacqueline Lima, assessora técnica da ASSOAB, usina comunitária em Beruri, Amazonas, conta que a formação a ajudou a enxergar as coisas por outras óticas.

“Para mim, que trabalho com aldeias indígenas e povos tradicionais, participar dessa formação me leva a pensar também não só como extrativista, mas entender também quem trabalha com pirarucu, por exemplo. Saio daqui não só com entendimento sobre castanha, mas também sobre o manejo do pirarucu e do açaí. Essas amizades são uma forma de continuarmos trocando informações, e tenho certeza que vai continuar daqui para a frente. A gente conseguir entender sobre outras cadeias, termos uma diversidade de informações e conseguirmos levar para frente”, analisou.

Já Alessandra Santos, representante da CoopCuniã, que desenvolve um trabalho de manejo de jacaré, na Resex do Lago do Cuniã, em Rondônia, reforçou o clima de afeto entre os participantes e como isso possibilitou as trocas que a inspiraram para fortalecer o trabalho com açaí em sua comunidade.

“No 3º módulo [presencial] foi um amor maior. Tudo que a gente aprendeu, no 3º e no 4º módulo a gente trouxe para o projeto do jacaré. Agora tudo que a gente aprendeu, vamos saber começar certinho no trabalho com o açaí”, contou. “Espero que não acabe aqui e continue. Estou com bastante expectativa de chegar na comunidade, mostrar tudo isso e poder crescer cada vez mais”, concluiu.

Breno Zúnica, coordenador do FORMAR Gestão, assina embaixo as falas e atribui o sucesso da formação também à diversidade e ao esforço dos cursistas, que por vezes tinham que se deslocar por horas para conseguir participar das aulas online; aos seis meses de dedicação à modelagem do percurso formativo, que foi personalizado para atender as demandas de aprendizado das organizações comunitárias; à garantia de condições materiais para participação, como bolsas, equipamentos e em alguns casos pontos de internet; mas principalmente ao apoio mútuo que se fortaleceu ao longo do tempo.

“Um dos principais fatores para o sucesso do FORMAR Gestão é a diversidade. Os cursistas são de 3 estados, atuam nas mais diversas cadeias de valor, a diversidade de gênero, de idade, de escolaridade, de histórias de vida. Outro ponto são os obstáculos que os cursistas superaram. Quatro, cinco horas de barco para conseguir acessar a internet ou pessoas que nunca tinham saído da aldeia ou viajado de avião percorrendo longas distâncias pela Amazônia para chegar aos módulos presenciais”, destaca Breno.

Hoje percebo que conseguiram superar esses obstáculos, primeiro por uma força tremenda, segundo pelo apoio das comunidades e suas organizações, mas principalmente pelo apoio mútuo entre eles e conosco também. E por fim, a maior lição aprendida é que nosso princípio mais importante é que o conhecimento deve ser construído coletivamente. Mas depois do FORMAR Gestão, entendi que isso só é possível quando também existe uma construção coletiva de afeto, confiança e solidariedade. Esse é o maior aprendizado que meus professores, os cursistas do Formar Gestão me deram”, finaliza.

CUIDANDO DAS VENDAS

O quarto e último módulo do FORMAR Gestão, chamado “Cuidando das Vendas”, tratou sobre a gestão da comercialização dos produtos da sociobiodiversidade pelas organizações comunitárias da Amazônia. Assim como no Módulo 3, sobre Finanças, a construção e facilitação do percurso de aprendizagem do Modulo 4 foi liderado por Fernanda Alvarenga, consultora do Serviço Florestal Americano (USFS), administradora e especialista em empreendimentos comunitários, e Laércio Meirelles, facilitador pedagógico de toda a formação, com apoio do Comitê Pedagógico do Formar Gestão.

Como resultado, o módulo Cuidando das Vendas teve uma programação que abarcou desde o que é o mercado e como ele se organiza a noções de propaganda e marketing. O percurso também teve diversas apresentações dos próprios cursistas e alguns convidados para trazer experiências como a da Rede Maniva, com Ramon Morato; a Rede Cerrado, com Luiz Carraza; o Selo Origens, com Fabiano Ruas; o Gosto da Amazônia, com Sérgio Abdon; e exemplos de marcas coletivas em Unidades de Conservação, com Tatiana Rehder do ICMBio. 

Veja os temas tratados no módulo 4 abaixo:

TEMAS MÓDULO 4 CUIDANDO DAS VENDAS
Entendendo o mercado: mão invisível ou construção social
Comercialização dos produtos da sociobiodiversidade
Dinâmicas de preço
Visitas técnicas a diferentes experiências de comercialização
Redes de cooperação para a comercialização
Diferenciação da produção e o desafio das certificações
Propaganda, publicidade, marketing e e-commerce

O destaque ficou para as duas saídas de campo e para o “Seminário Economias da Sociobiodiversidade: a Construção do Mercado”, realizado em parceria com o Observatório do Manejo Florestal Comunitário e Familiar.

A primeira saída teve visitas ao tradicional Mercado Ver-O-Peso, à Feira Orgânicos do Pará e a um hipermercado atacado para pesquisar e analisar as diferentes formas de comercialização, preços, valores, públicos, apresentação, embalagens e outros atributos associados aos produtos da sociobiodiversidade. A segunda foi para conhecer e trocar experiências com o trabalho de Dona Nena, moradora da Ilha do Combu, região metropolitana de Belém. Dona Nena tornou-se especialista em chocolates, dominando da produção e manejo do cacau nativo, passando pelo beneficiamento e chegando à venda de chocolates de alto nível de qualidade, associando sua comercialização ao turismo de experiência.

Já o Seminário teve três mesas de apresentação e debate e os destaques ficaram por conta dos cursistas do FORMAR Gestão. Foram eles que abriram e fecharam o evento, em grande estilo.

Para abrir, os cursistas compuseram a mesa 1, “A Gestão de Empreendimentos Comunitários na Amazônia: desafios e perspectivas para a relação com os mercados”, com apresentações sobre os desafios e oportunidades na perspectiva dos participantes da formação representantes de 5 cadeias da sociobiodiversidade: açaí, castanha-da-amazônia, jacaré, madeira e pirarucu.

“O manejo de pirarucu, pra gente, é um símbolo de luta, de resistência e de relação com a preservação das nossas florestas indígenas. Pra gente o manejo é um grande feito e, em relação a outras atividades que a gente realiza, representa a nossa história e a nossa coletividade”, afirmou Diomir Santos, da Associação dos Comunitários Que Trabalham Com Desenvolvimento Sustentável no Município de Jutaí (ACJ).

E foram eles também que encerraram o evento com a leitura da “CARTA DOS EMPREENDIMENTOS COMUNITÁRIOS DA AMAZÔNIA PARA A COORDENAÇÃO DO FORMAR GESTÃO E ORGANIZAÇÕES DE APOIO DAS CADEIAS DE VALOR DA SOCIOBIODIVERSIDADE”, articulada pelos próprios, nos bastidores, durante o Módulo 4.

A carta apresenta as organizações representadas, a importância de seus trabalhos para a permanência de povos e comunidades tradicionais em seus territórios, para a gestão ambiental e territorial e a conservação das áreas de floresta, para a geração de renda por meio de produções sustentáveis e o seu papel na mitigação da emergência climática. Apresenta também o significado que o FORMAR Gestão teve em suas vidas e na de seus empreendimentos e comunidades, além de sugerir assuntos que gostariam de ver tratados em eventuais próximos módulos.

Por fim, pedem a extensão do escopo do FORMAR Gestão para a realização de um acompanhamento dos empreendimentos na implementação dos aprendizados construídos durante a formação e pedem a parceiros e financiadores interessados o apoio para que o curso possa ser estendido.

O seminário teve transmissão ao vivo e pode ser assistido clicando neste link. Para assistir à leitura da carta, avance até 5h31min, ou leia o documento completo ao final desta matéria.

OS JUSTOS

Em clima de despedida, ainda teve tempo para uma roda de conversa de avaliação da formação. O espaço serviu para ouvir sugestões de novos conteúdos em eventuais próximos módulos, mas as falas vieram na direção do afeto e da amizade construídas ao longo dos módulos, ressaltando a importância da troca de experiências, do conhecimento construído colaborativamente e da rede formada. Veja abaixo algumas das falas dos cursistas e da equipe do IEB:

Raimundo Lima, Dinda (ASTRUJ), Baixo Juruá, Amazonas: Todo mundo tem a mesma visão, a melhoria da qualidade de vida. A gente estava precisando muito, para melhorar a gestão do nosso empreendimento. Só gratidão. Importante somar o conhecimento de cada um, cada um tem um pouquinho, a gente pode se ajudar.

Micheli Marques (COAMA), Resex Mapuá, Marajó, Pará: Perdi o medo de viajar de avião. É uma oportunidade grande e não gosto de desperdiçar oportunidade. A formação que tivemos aqui levei para além da organização, pra minha vida, pra minha família, pra minha formação acadêmica.

André Tomasi (IEB): Queria enfatizar o poder da diversidade, quão rico é ter pessoas diferentes, de várias realidades. Nessa diversidade estão as respostas de muitos dos nossos problemas. Aqui todos nós somos alunos e todos nós somos professores. Esse privilégio de aprender e conhecer dessa forma é uma coisa de muita riqueza. A formação não acaba nunca. Não existe tempo ruim pra aprender. Coragem, conhecimento e esperança. Educação, conhecimento, isso é libertação.

Keivan Hamoud (ASSOAB), Beruri, Amazonas: Vamos tirar esse clima de despedida, estamos dando um passo inicial para algo que ainda vem, que seja maior. Vamos ter sempre esses parceiros com esses olhos sensíveis para nossas causas, nossos desafios e necessidades. É muito importante a troca de experiências, a coletividade, temos que fazer intercâmbios. Essa metodologia é um diferencial para trabalhar os empreendimentos comunitários na Amazônia. Você tem a teoria e depois vai para a prática, para implementar os aprendizados. Todos aqui têm implementado algum aprendizado sobre gestão financeira. Quando comecei, lá no início, a gente tinha muita dificuldade e isso só foi possível mudar com essas capacitações que o IEB deu pra gente.

Fernanda Alvarenga, facilitadora e consultora do Serviço Florestal Americano (USFS): Vocês não imaginam a realização pra mim, pessoal e profissional, de ter participado do curso, especialmente da parte financeira e comercial. Quando vocês falam que a parte financeira era um monstro, era um sonho ter 6 dias para falar de finanças. Trabalho há 12 anos na Amazônia e nunca tive esse espaço, com tanta liberdade para fazer isso. É um marco na minha vida.

Francisca Saldanha, Fundação Vitória Amazônica (FVA): Tudo que aprendi não levo só pra minha vida profissional. O FORMAR Gestão está me mudando, a cada curso ele me muda, agora eu já bato de frente.

Para finalizar a sessão, o poeta Laércio aproveitou a deixa e, com “Os Justos”, de Luís Borges, ilustrou o que ouviu de um guru em terras distantes: “Ser feliz é simples, o difícil é ser simples”. Com liberdade auto atribuída, adicionou ainda alguns versos ao original:

Os Justos (Jorge Luis Borges, poeta argentino)

Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do Sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que leem os tercetos finais de certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que não se conhecem, estão a salvar o mundo.

[Aquela que preserva a floresta, colhendo seus frutos
Aquele que pesca, com respeito ao peixe e ao rio
As que preservam a forma comunitária do bem viver
Os que se olham com amor e ternura
O que agradece a árvore que lhe dá o abrigo
A que divide o saber, com amor e elegância
Essas pessoas, que no FORMAR Gestão se conheceram, estão a salvar o mundo.] (adendo de Laércio Meirelles)

CERTIFICADOS

Quatro módulos, 200 horas de aulas síncronas presenciais ou virtuais, 80 horas de períodos intermódulos e outras atividades assíncronas, além do histórico Seminário Final “Economias da Sociobiodiversidade”. Depois de uma longa jornada de construção de conhecimento, nada mais justo do que celebrar com uma entrega de certificados regada a muito carimbó, no calor de Belém do Pará. Ao fim da noite, entre sorrisos, abraços e muita elegância, a equipe do IEB entregou os certificados de conclusão do Programa de Formação Continuada em Empreendimentos Comunitários da Amazônia, o FORMAR Gestão.

PARABÉNS A TODAS E TODOS OS CURSISTAS DO FORMAR GESTÃO PELO ESFORÇO, DEDICAÇÃO E COMPROMISSO PARA CONCLUIR ESSE PERCURSO E SEGUIR CRIANDO JUNTOS NOVOS CAMINHOS PARA A AMAZÔNIA! VIVA O FORMAR GESTÃO!

O FORMAR Gestão faz parte do Projeto “Promoção de Cadeias de Valor Sustentáveis e Gestão Territorial e Ambiental de Áreas Protegidas”, que é fruto da parceria entre o Governo Brasileiro e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional – USAID. O curso é coordenado pelo IEB, o Instituto Internacional de Educação do Brasil, por meio do envolvimento de um Comitê Pedagógico formado pela Operação Amazônia Nativa, Fundação Vitória Amazônica, Pacto das Águas, Memorial Chico Mendes, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, ICMBio, e Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS).

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Leia abaixo a carta produzida pelos cursistas do FORMAR Gestão:

“CARTA DOS EMPREENDIMENTOS COMUNITÁRIOS DA AMAZÔNIA PARA A COORDENAÇÃO DO FORMAR GESTÃO E ORGANIZAÇÕES DE APOIO DAS CADEIAS DE VALOR DA SOCIOBIODIVERSIDADE

Os cursistas do Formar Gestão reunidos no 4º módulo do programa de capacitação intitulado “Comercialização” realizado em Belém, capital do Estado do Pará, no período de 15 a 23 de junho de 2022, reuniram-se, decidiram e vêm por meio deste solicitar dos parceiros técnicos e financiadores do Programa Formar Gestão a extensão da capacitação visando garantir a continuidade da formação das nossas organizações de base comunitária. Nossas organizações trabalham em 05 cadeias de valor sustentáveis da Amazônia: açaí, castanha, pirarucu, manejo de jacaré e madeira que reúnem 2.226 extrativistas e manejadores na produção e beneficiamento de produtos da sociobiodiversidade.

Os nossos produtos do manejo florestal são muitos importantes para os nossos empreendimentos e para a Amazônia, nossos arranjos produtivos promovem benefícios econômicos, sociais e ambientais em nossos territórios; contribui para a permanência de povos e comunidades tradicionais, a  gestão ambiental e territorial e a conservação em áreas de floresta e para o Fortalecimento da produção sustentável e a geração de renda em áreas protegidas que ajudam a manter a floresta em pé e a combater os efeitos das mudanças climáticas.

 O Formar Gestão é muito importante para nossas organizações pois nos capacita a gerenciar nossos empreendimentos, nos prepara para comercialização no mercado, nos proporciona experiências e estratégias de ampliação e melhor organização dos nossos negócios sustentáveis e outras ferramentas que não temos condições de implementar em nossas comunidades e empreendimentos dada as dificuldades logísticas e de infraestrutura em nossas regiões, onde o Estado, muitas vezes, não chega promovendo o acesso a políticas públicas, as quais as nossas organizações de apoio nos auxiliam e nos orientam a nos preparar para uma melhor organização produtiva e financeira para acessar essas políticas que são de direito dos nossos territórios e povos.

Nossas organizações de apoio técnico e financeiro são: Fundação Vitória Amazônica – FVA,  Instituto Mamirauá, Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade – ICMBio, Memorial Chico Mendes, Pacto das Águas, Operação Amazônia Nativa – OPAN, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá – IDSM, Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS, Instituto Floresta Tropical – IFT, Instituto Federal do Pará – IFPA, Observatório Castanha da Amazônia – OCA, Agencia Americana para o Desenvolvimento Internacional – USAID, Serviço Florestal Americano – USFS e o Instituto Internacional de Educação do Brasil – IEB que nos capacita por meio do Formar Gestão.

Além da necessidade de melhorar a gestão dos nossos empreendimentos, temos outras demandas de capacitações que nossas organizações precisam de orientação e apoio para melhorar ainda mais a gestão dos nossos produtos e empreendimentos. As demandas principais dos membros de nossas organizações são:

  • Informática Básica para melhor implementar os aprendizados do Formar Gestão em nossas comunidades como treinamento em elaboração e controle de planilhas excel, word, Programa Windows e outras ferramentas de Tecnologia da Informação que possam ser aplicadas à realidade dos nossos empreendimentos.
  • Regulamentação sanitária e controle de processos produtivos: para melhor adequar nossos empreendimentos aos órgãos regulamentadores e fiscalizadores das atividades produtivas das nossas organizações;
  • Marketing: Capacitar para implementação na prática de ferramentas de marketing enquanto estratégia comercial e acesso a mercados;
  • Modelagem de negócio e gestão financeira;
  • Gestão de logística e distribuição;
  • Gestão de pessoas e governança;
  • Conteúdo e comunicação;
  • Gestão Ambiental e do Território como preparação para o acesso a políticas públicas.

Além destas demandas, nossas organizações gostariam de estender o monitoramento e avaliação do Formar Gestão para o acompanhamento dos nossos empreendimentos na implementação dos aprendizados durante a capacitação.

Os membros das comunidades e suas organizações representativas identificadas abaixo, na qualidade de proponentes da continuidade do Formar Gestão, seja para monitoramento e avaliação ou para atender outras demandas de capacitações na mesma metodologia do Formar Gestão e, para fins de obtenção de colaboração para essa continuidade, declaram que, manifestam o interesse e querem a continuidade da Capacitação Formar Gestão dos empreendimentos de base comunitária da Amazônia.”