SEMEAR Castanha: em Seminário, coletivo apresenta pacote com soluções para a cadeia da castanha-do-Brasil

  setembro 25, 2019

O coletivo SEMEAR Castanha lançou um pacote tecnológico de soluções adaptadas e criadas sob medida pelos atores-assessores do coletivo para produção, comercialização, mercados, custos e maneiras de se articular em torno da geração de renda na produção da castanha-do-Brasil com a floresta em pé. Entre os produtos estão o aplicativo para celulares “Castanhadora”, o cartaz e o vídeo “Boas Práticas, na Prática”, o “Guia do Facilitador Castanheiro”, além de um caderno de campo para uso durante as safras.

Com o aplicativo “Castanhadora” é possível fazer o levantamento de custos de produção da castanha-do-Brasil. Com ele, o castanheiro pode precificar e valorar o extrativismo da castanha e tomar melhor decisões na comercialização dos produtos. Para baixar o aplicativo, clique aqui.

Já o “Guia do Formador Castanheiro” é um material pedagógico planejado para orientar os interessados em implementar ações de formação para atores que atuam em diferentes elos da castanha-do-Brasil na Amazônia. O vídeo e o cartaz “Boas Práticas na Prática” trazem os conceitos básicos para o manejo e boas práticas de coleta, transporte e armazenamento da castanha-do-Brasil de maneira fácil, didática e direta.

Todas essas ferramentas foram apresentadas no primeiro dia do Seminário SEMEAR Castanha, realizado nos dias 11 e 12 de setembro em Brasília. Durante dois dias, membros do coletivo, extrativistas, gestores de cooperativas, usineiros, representantes de empresas, instituições de assessoria, atores da cooperação internacional e servidores públicos debateram aspectos da cadeia de valor e suas perspectivas.

“Com esse Seminário, o SEMEAR Castanha encerra um ciclo. Nosso desafio agora é disseminar esses produtos nas comunidades”, explica Andreia Bavaresco, coordenadora técnica do Instituto Internaicional de Educação do Brasil (IEB).

Na mesa de abertura,  foi feita a contextualização do Projeto Parcerias para Conservação da Biodiversidade (PCAB) e da cadeia de valor da castanha-do-Brasil. Na Mesa 1 foi contextualizado o próprio coletivo SEMEAR Castanha, apresentando o processo de formação e de desenvolvimento de capacidades e relações entre os elos da cadeia de valor da castanha com tecnologias locais e soluções inovadoras.

Já no segundo dia o enfoque foi no mercado da castanha, com apresentação de estudo de mercado, a relação entre empresas e comunidades, parcerias interinstitucionais, acesso a capital de giro e o fortalecimento da cadeia de valor da castanha.

Para André Machado, do projeto Mercados Verdes da Cooperação Técnica Alemã (GIZ) o Seminário coroa o esforço de todo o coletivo, trazendo diferentes elos da cadeia da castanha com desafios comuns. “As discussões foram muito boas porque apontaram para caminhos de resultados. Para nós, do Projeto Mercados Verdes é muito importante porque temos essa abordagem de mercado, de sensibilização de consumidores e a gente nota que é uma cadeia que, a partir da coletividade, vem avançando muito”, explica.

Ao final, assessores do coletivo SEMEAR Castanha fizeram um balanço do Seminário e das ações do coletivo.

Sobre o SEMEAR Castanha

O coletivo SEMEAR Castanha é o desdobramento de um programa exitoso de formação continuado e de longo prazo desenvolvido pelo IEB em parceria com múltiplos parceiros e atores ligados à cadeia de valor da castanha-da-Amazônia dos estados de Rondônia e Amazonas, envolvendo indígenas, ribeirinhos, gestores de cooperativas e servidores públicos. Mobilizados e articulados, os atores-assessores discutem com profundidade e operam ações em relação à preços, organização social, interação com mercados, acesso a políticas públicas, parcerias com compradores, disseminação de boas práticas, dentre outros temas. O coletivo SEMEAR Castanha constrói capacidades como forma de garantir a sustentabilidade econômica de povos indígenas e populações tradicionais da Amazônia.

SEMEAR Castanha é uma realização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Serviço Florestal Americano (USFS), no âmbito do projeto “Parceria para Conservação da Biodiversidade na Amazônia”, em parceria com o IEB, Pacto das Águas e Operação Amazônia Nativa (OPAN).

Acesse aqui os produtos do pacote tecnológico:

Aplicativo Castanhadora
Guia do Formador Castanheiro
Vídeo Boas Práticas Na Prática
Cartaz Boas Práticas Na Prática

Foto: Juliana Nogueira/USAID