Contribuições indígenas na COP 25

  dezembro 5, 2019

Com apoio da Embaixada da Noruega, uma parceria entre IEB, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e Centro de Trabalho Indigenista (CTI) levou a discussão sobre os direitos dos povos indígenas e a gestão territorial e ambiental de suas terras para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 25), que acontece até 13 de dezembro em Madri, na Espanha.
A presença de lideranças indígenas na convenção pretende chamar a atenção para a importância dos serviços ambientais que os povos indígenas desempenham em benefício de todo o planeta.

As diferentes culturas, seus modos de vida e as maneiras como as comunidades estão se organizando para proteger, preservar e recuperar florestas em áreas degradadas contribuem para diminuir as taxas de desmatamento e reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa, causadores do aquecimento global e das mudanças climáticas.

O Brasil possui uma importante política pública construída com ampla participação indígena, que é a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas (PNGATI). Entretanto, sua implementação foi bastante reduzida pelo governo federal e o futuro da política está ameaçado.

Durante a COP 25 o IEB, o CTI e a APIB, contribuíram para a organização de três eventos com intuito de ampliar a participação dos povos indígenas no enfrentamento das mudanças climáticas:

Desafios à implementação dos planos de gestão territorial e ambiental no Brasil (PGTAs), dia 4/12, das 10h30 às 12h.

Mulheres indígenas pelo clima: luta e gestão territorial, dia 5/12, das 11h30 às 13h.
O evento tem como objetivo dar visibilidade às práticas das mulheres indígenas do Brasil na gestão dos territórios e a sua importância para a conservação, uso sustentável dos recursos naturais e o enfrentamento às mudanças climáticas.

Direitos Indígenas no Brasil e a luta pelo clima: dia 05/12, das 16h30 às 18h. Um panorama real sobre essa questão e sua importância em tempos de grave retrocesso de direitos conquistados e de esvaziamento de políticas públicas voltadas à proteção e à promoção do desenvolvimento desses povos.

Os dois primeiros eventos acontecem no Brazil Climate Action Hub, um espaço aberto a discussões sobre soluções e desafios da ação climática no contexto brasileiro e latino-americano.

O terceiro será no Pavilhão Indígena, (Green Zone), um ambiente de diálogo aberto com espaços dedicados a todos os atores da sociedade civil: patrocinadores, empresas, empreendedores, ONGs, juventude, ciência e academia.

Nosso primeiro evento na COP

A roda de conversa Desafios à implementação dos planos de gestão territorial e ambiental no Brasil (PGTAs), aconteceu na quarta-feira, (4) com a participação das lideranças indígenas Francisco Pyako Ashaninka, Cristiane Pankararu e Joziléia Kaingang.
Habitantes dos biomas da Amazônia, Caatinga e Mata Atlântica, as lideranças indígenas falaram sobre a importância das políticas de gestão nos territórios indígenas do Brasil que consideram os saberes tradicionais na construção de uma ocupação sustentável do planeta.

“A PNGATI alargou a mente das pessoas e do Estado para reconhecer que além da Amazônia, existem mais cinco biomas e todos estão conectados”, considerou Cristiane Pankararu.”O desafio é manter a floresta em pé, mas como manter isso se o planeta não é só nosso?”, perguntou Francisco Pyako. “Ter território é ter possibilidade de vida”, completou Jozélia Kaingang.

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